sexta-feira, 10 de julho de 2009

... No Prado







… Quando regressei o P e o M já tinha chegado… avistei os ao longe… os meus batimentos cardíacos pareciam tambores… fiquei com um nó na garganta quando me apercebi que os dois já me tinham avistado e não paravam de olhar na minha direcção… tentei disfarçar o meu nervosismo olhando para a paisagem … mexendo numa planta ou outra evitando olhar na direcção deles… não pude evitar a aproximação estavam mesmo na porta da entrada… o P estava mais moreno… uma semana ao ar livre fez realçar o seu aspecto latino… tinha o rosto e o peito brilhantes do suor … estava mesmo muito quente … que vontade que eu tinha de o abraçar… beijar… de o cheirar … fazer amor ali naquele exacto momento, sentir lhe a pele salgada… mas tentei me manter fria… limitei me a dizer bom dia sem os cumprimentar com os tradicionais quatro beijos… falei do calor como que para justificar o rubor que sentia na minha face devido aos olhares persistentes dos dois… senti que a minha voz tremeu e ficou rouca do nervosismo … enfrentar o P ao fim de quinze dias ainda para mais na presença do M provocou em mim um caos emocional… felizmente chamaram para almoçar… aproveitei para escapar à presença deles com a desculpa de ir lavar as mãos… fechada na casa de banho soltei a pressão camuflada dentro de mim… tremi descontroladamente por uns minutos… respirei fundo… lavei o rosto… demorei um pouco para que todos se sentassem e eu ficasse bem longe dos dois… quando cheguei à mesa o único lugar livre era em frente ao P… e ao lado do M… de quem teria sido a ideia de reservar aquele espaço livre para mim… tinha de me concentrar no prato… estávamos a almoçar debaixo de um alpendre … daquele lado da casa já fazia sombra corria uma brisazinha suave... mas eu sentia me arder … o olhar do P queimava me … ele fazia questão de me pedir ou o pão ou o vinho ou a travessa só para me forçar a olhar para ele… mas eu evitava olhar directamente nos olhos … de vez em quando sentia o braço do M a roçar no meu… estremecia … ele também… não percebi se era acidental … a comida custava a passar na garganta… assustei me quando ouvi o Sr. Administrador a perguntar se eu não gostava da comida… gaguejei um pouco ao dizer que estava óptima mas que estava com pouco apetite… que raiva estava tudo a olhar para mim… o P tocou me na perna com o pé … o que fez com que eu o olhasse nos olhos… estava a divertir se com a situação… como ele gostava de me ver nervosa… isso fez com que eu ficasse zangada vinguei me na comida… limpei o prato todo e ainda fui buscar mais a travessa… quando me zangava conseguia ter aquela barreira no olhar que me protegia … comecei a olhar para ele com ar de desafio … olhei bem em redor para ver se alguém estava a olhar para mim principalmente o Sr. Administrador … estava entretido a falar com Dona L. … o M. falava com o seu vizinho de mesa… e eu aproveitei para meter o meu pé entre pernas do P… não com muita força… engasgou se … trinquei um pouco de pão para não desatar a rir as gargalhadas… depois de se recompor… fitou me com ar ameaçador… mas isso não me assustava embora eu soubesse que a vingança ia ser terrível … ia tentar manter distancia dele… bem comidos e bem bebidos a conversa estava animada alguns trabalhadores tinham almoçado na nossa mesa e começaram a contar algumas peripécias ao Sr, Administrador … o M aproveitou a distracção e pôs a mão dele na minha coxa… engoli em seco … fiquei perturbada ainda bem que o P estava distraído com a conversa… decidi me levantar da mesa … era desgastante conter aquela situação… o P seguiu me e disse que me queria mostrar qualquer coisa no campo… caminhamos por uns tempos em silêncio … um pouco constrangedor… desde do incidente com a mãe dele que não falavamos… quando chegamos a um prado lindíssimo com flores do campo que são as minhas preferidas… agarrou me pela cintura olhou bem nos meus olhos e disse que morria de saudades do meu cheiro… das minhas carícias …. dos meus beijos… e sofregamente nos entregamos com urgência … em pleno sol escaldante … ao ar livre … ao som da natureza… rebolamos … deliramos … depois ficamos inertes olhando um para o outro matando saudades … fomos despertados por uma cavalgada era o M a regressar para as vindimas … mas a vegetação escondeu nos… vestimo nos estava na hora de ele regressar para ajudar o irmão…

9 comentários:

Dida Prazeres disse...

Ai como é boa a vida do campo!!! loooool

Beijooo

(nem sei como aguentaste tanto tempo a olhar para ele sem fazer nada... irra...isso é que é controle!!!! ahahah)

VERTIGO disse...

Na relva, na selva, nos teus caminhos o desejo lateja...

Beijos!!

Reguila disse...

quanto é bom o campo......cada vez gosto mais dele....

beijo

f.a disse...

Ai amiga...o campo...de milho....que saudades...tantas recordaçoes...que vontade!

Adorei,tas no auge!

Moura ao Luar disse...

Qual cidade qual quê!! Aí mesmo é que está o erotismo, histórias que realmente vale a pena contar ;-)

Momentos...volupté! disse...

Saudades destes textos!!!

Anónimo disse...

Que história linda! E como deve ter sido bom. Fez-me recordar uma cena em que me entreguei há uns meia dúzia de anos, num palheiro. Ainda hoje sinto aquele cheiro caracterísco da palha. Um cheiro gostoso. Nunca esquecerei esse momento. Até por isso a tua história mexeu comigo. Um beijo.

JOTA ENE ✔ disse...

||**||

Ameiiii esse layout.

Bjos___fotografados!!!

Pedro disse...

No prado sabe tão bem . . .