quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

... O abraço




... Durante a refeição o sr administrador anunciou que ia vender a casa ... ia finalmente viver a tempo inteiro com a mulher da sua vida... dona L... era lindo o amor que eles tinham um pelo outro ... será que se eles tivessem casado contra a vontade dos pais do Sr administrador ainda estariam tão apaixonados? impossível saber... foram impedidos de partilharem uma vida em comum mas ... permaneceram sempre lado a lado numa grande cumplicidade... agora que ele ficou viúvo já podiam partilhar a mesma casa.... o M já tinha a quinta …o P ia para Itália, a irmã deles que vivia em Itália cujo casamento foi adiado devido ao falecimento da mãe também não tinha ideias de regressar a França, a casa ia ficar abandonada... os filhos concordaram com a decisão do pai... afinal aquela casa abrigou um casamento de faz de conta ... todos souberam sempre da existência da Dona L ... e conseguiram conviver sem ódios... sem ressentimentos... o exemplo disso era o bom relacionamento entre o M e o P apesar de serem meios irmãos... custava me imenso que o M sentisse por mim algo mais intenso … eu não queria ser motivo de discórdia entre os dois. A seguir ao almoço o M regressaria a Reims… para alivio meu... se pernoitasse em Paris teria que partilhar a mesma casa que eu e o P e não me iria sentir bem... quando chegamos ao edifício do escritório o M despediu se de todos e deixou me para o fim... sussurrou que queria falar comigo a sós... o P ficou pensativo e o Sr administrador franziu a testa quando lhes disse para seguirem para o escritório que eu iria depois... quando ficamos sós o M olhou me bem nos olhos e perguntou se eu amava o P … respondi lhe que não sabia se era amor mas fosse o que fosse era bom e de momento era com quem eu queria partilhar os meus dias … de seguida perguntou se eu estaria disposta a ir para Itália com o P … fiquei em silencio por uns tempos … por fim respondi que não com um nó na garganta… abraçou me… soube me bem aquele longo abraço amigo… depois beijou me rapidamente nos lábios e foi se embora… aquelas perguntas do M inquietaram me... ele tocou num ponto que eu tentava não pensar muito… como iria ser quando o P fosse para Itália… sacudi a cabeça e recusei continuar a pensar no assunto… repetia mentalmente “vive o momento” … “vive o momento”… quando cheguei ao piso 12 senti o peso dos olhares do pai e do filho como se me interrogassem silenciosamente embora por motivos diferentes… ignorei e vinguei me no trabalho. À noite jantamos em silencio o P continuava a interrogar me com o olhar … senti que ele estava com medo das palavras… mais concretamente com medo das minhas respostas… nem ousou me tocar… depois de muito hesitar… perguntou se havia algum problema… não respondi … peguei na mão dele levei o até ao quarto … despi o suavemente alternando com longos beijos… deixei os meus lábios percorrer todo o seu corpo… amei o com toda a doçura … saboreei o com toda a gula … fiz lo gemer com toda a satisfação

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

... Provocação






... Chegamos ao elevador... sempre repleto aquela hora ... coloquei me de frente para o P servindo de escudo para não lhe magoarem a mão que ele tinha ao peito, apoiada numa écharpe... a sua mão esquerda segurava a pasta de executivo... senti o tão desprotegido ... e eu com uma vontade enorme de lhe fazer uma maldade... ao verificar que ele tinha as mãos praticamente ocupadas vi ali uma oportunidade de o provocar... estávamos muito próximos... ele evitava olhar para mim ... como se adivinhasse os meus pensamentos… ele sentiu que eu ia aprontar alguma... a minha mão foi directa ao ziper das calças e bem devagar abri o... olhei para o seu rosto ... a sua maçã de adão movimentou se ... os seus olhos suplicaram para que eu parasse... o meu dedo acariciava o seu sexo docemente... senti o a endurecer … trinquei os lábios para não rir com o seu embaraço ... o numero de pessoas à nossa volta ia reduzindo... retirei o dedo mas não fechei o ziper... afastei me ligeiramente dele... chegamos ao piso doze... ele não disse nada ... abri a porta do escritório já estava lá o meu ex chefe do piso oito... o P já não podia contra atacar... trabalhamos toda a manhã... quando nos estávamos a preparar para ir almoçar, chegou o Sr. Administrador, com a Dona L... foi o M que os trouxe de Reims no carro dele... o P não se mexeu... a ultima vez que esteve com o pai tinham discutido... era bem visível o brilho de emoção nos olhos do Sr Administrador ... abraçou o filho com preocupação... a seguir foi o M abraçar o irmão depois de me ter beijado no rosto... achei que já não estava ali a fazer nada e com o pretexto de ir almoçar tentei escapar, mas o Sr. administrador fez questão que almoçássemos juntos... mas antes de sairmos falou baixinho com o P... este olhou para baixo e viu o ziper das calças aberto... o P tentou fechar com a mão esquerda mas não conseguiu, ou fez de propósito para não conseguir depois olhou para mim e descaradamente pediu para eu o fechar... todas as pessoas presentes naquela sala sabiam que eu e o P tínhamos uma relação muito intima mas não consegui evitar um rubor na face quando lhe fechei o ziper com todos a olhar para nós... dirigimos nos para o restaurante... o P escolheu uma mesa de costas para uma parede e fez questão que eu me sentasse do lado esquerdo dele, enquanto esperávamos pelas refeições, quase dei um pulo da cadeira quando senti a mão dele a deslizar lentamente pela minha coxa... pouco a pouco os seus dedos se infiltraram para me tocar mais intimamente ... fiquei agitada... nervosa... estava a ser difícil me concentrar nas perguntas que o Sr Administrador me fazia ... como se isso não bastasse... o M não parava de me olhar ... os dedos do P continuavam a tocar me e a aquelas carícias eram uma tortura deliciosa… sentia me um rio … agarrei a mão do P para o impedir de continuar mas só piorou … ele encostou os seus lábios ao meu ouvido e sussurrou que me desejava fazendo me estremecer com um beijo no pescoço … o pai ficou radiante com tanta intimidade, o irmão, o M. baixou os olhos … senti a sua tristeza… senti me no meio de um conflito de emoções … sentia me quase a explodir… a única maneira de travar o P foi pisar lhe o pé com o tacão do meu sapato … ouvi o gemer e … felizmente chegou o empregado para nos servir…